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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Papa Francisco ser huma-nado e ilumi-nado

Amigas e Amigos! 

Manifesto minha solidariedade e me coloco ao lados das pessoas idosas para que tenham vida e dignidade. Que o Dia Nacional e Internacional da Pessoa Idosa seja comemorado com atitudes concretas que nos coloca ao lado de muitas pessoas idosas. Tenho aprendido muito com as pessoas idosas com que tenho contatos constantes, louvado seja Deus por essas pessoas. Apresento em anexo o cartaz do Dia do Idoso e também a Cartilha e vídeo com importantes chamadas do Estatuto do Idoso, que completa 10 ANOS neste 1º de Outubro.

Leia atentamente este discurso do papa Francisco na terra de seus pais, na ilha da Sardenha. Ele tem sensibilidade para com os idosos e me vejo em sua reflexão sobre a situação do desempregado. Papa Francisco, tenha as forças e graças para realizar as mudanças que urgem em seu coração e mente. Papa Francisco, Deus o proteja sempre. Repasso a mensagem que recebi de uma amiga bem idosa - para recordar a galinha e a águia.
Com fraternura, Paulo
    

Discurso do Papa domingo, 22 de setembro em Cagliari, Sardenha.
 
E após ouvir as pessoas, o Papa pronuncia o seu primeiro discurso na ilha da Sardenha, entre as ovações dos presentes. Com gesto sério e concentrado.
“Esta visita começa exatamente com vocês, o mundo do trabalho”.
“Desejo expressar-lhes, sobretudo, a minha proximidade, especialmente diante da situação de sofrimento de tantos jovens sem trabalho”.
E o Papa deixa de lado os papéis, improvisa e se emociona:
“Meu pai, jovem se foi para a Argentina, cheio de esperança para fazer as Américas e sofreu a terrível crise e perdeu tudo. Eu ouvi na minha infância falar desta época na minha casa, ouvi na minha casa falar desse sofrimento, que conheço bem”.
“Peço-lhes coragem. E que esta palavra não seja uma palavra bonita, mas passageira. Não seja apenas o sorriso de um empregado cordial da Igreja, que vem e lhes diz: coragem! Não, não quero isto”.
“Esta é a segunda cidade que visito na Itália: as duas são ilhas. Na primeira, vi o sofrimento de tantas pessoas que buscam, arriscando a vida, dignidade, pão e saúde. São os refugiados”.
“E vi a resposta daquela cidade que, sendo uma ilha, não quer se isolar e recebe os refugiados, os faz seus e dá um exemplo de acolhida”.
“Aqui, também encontro sofrimento, que enfraquece vocês e acaba roubando suas esperanças. Um sofrimento, a falta de trabalho, que leva (perdoem-me por estas duras palavras, mas é a verdade) vocês a se sentirem sem dignidade. Onde não há trabalho falta a dignidade”.
“E este não é um problema só da Sardenha, da Itália, da Europa. É a consequência de um sistema econômico que conduz a esta tragédia. Um sistema econômico que coloca no centro um ídolo, que se chama dinheiro. E Deus quis que, no centro, no centro do mundo, não estivesse um ídolo, mas o homem e a mulher, que levam adiante o mundo com o seu trabalho”.
“Neste sistema sem ética, no centro, há um ídolo e o mundo tornou-se idólatra do dinheiro”.
“E para defender este ídolo ajudam o centro e provocam a queda dos extremos mais frágeis: os idosos... Este mundo não é feito para eles... eutanásia escondida... E caem também os jovens, que não encontram trabalho”.
“Este mundo não tem futuro, porque as pessoas não têm dignidade sem trabalho. Este é o seu sofrimento”.
“É uma oração: trabalho, trabalho, trabalho. Trabalho quer dizer levar o pão para casa, amar, dignidade...”.
“E para defender este sistema idolátrico instala-se a cultura do descarte: descartam-se os idosos e os jovens”.
“Queremos um sistema justo. Não queremos este sistema econômico globalizado que nos causa tantos prejuízos. No centro, devem estar a mulher e o homem, não o dinheiro”.
“Eu havia escrito algumas coisas para vocês, mas, ao vê-los pessoalmente, me vieram estas palavras. Entregarei ao bispo o meu discurso. Preferi dizer-lhes o que me sai do coração ao ver vocês neste momento”.
“É fácil dizer não percam a esperança. Não se deixem roubar a esperança. A esperança é como as brasas sob as cinzas. Ajudemo-nos com a solidariedade, soprando, para que venha a esperança...”.
“Devemos acalentar a esperança coletivamente. A esperança é coisa de todos”.
“Mas sejamos astutos. O Senhor nos adverte que os ídolos são mais astutos que nós. Convida-nos a ter a astúcia da serpente e a bondade da pomba. Chamemos as coisas pelo seu nome. Lutemos para que no centro esteja não um ídolo, mas a família humana”.
Gostaria de terminar rezando com todos vocês, em silêncio. Direi o que vai brotando do meu coração. Em silêncio rezem comigo:
Senhor Deus, olha-nos.
Olha esta cidade e esta ilha.
Olha as nossas famílias.
Senhor, não te faltou o trabalho de carpinteiro. Foste feliz.
Senhor, falta-nos trabalho.
Os ídolos querem roubar-nos a dignidade.
O sistema injusto quer roubar-nos a esperança.
Senhor, não nos deixe sozinhos.
Ajuda-nos a nos ajudar entre nós.
Que deixemos o egoísmo e sintamos no coração a força do povo que quer seguir em frente.
Senhor Jesus, que não nos falte o trabalho; dá-nos trabalho e ensina-nos a lutar pelo trabalho.
Muito obrigado e rezem por mim”.
E as pessoas, na praça, choram, após ouvir o discurso do Papa contra o sistema capitalista injusto. Um discurso improvisado, que brotou do coração de pai. Sem lugares comuns. Com denúncia clara e contundente. E com o anúncio da esperança e da luta comum para reconquistar a esperança.

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