Amigas e Amigos!
Manifesto minha solidariedade e me
coloco ao lados das pessoas idosas para que tenham
vida e dignidade. Que o Dia Nacional e Internacional
da Pessoa Idosa seja comemorado com atitudes concretas
que nos coloca ao lado de muitas pessoas idosas. Tenho
aprendido muito com as pessoas idosas com que tenho
contatos constantes, louvado seja Deus por essas
pessoas. Apresento em anexo o cartaz do Dia do Idoso e
também a Cartilha e vídeo com importantes chamadas do
Estatuto do Idoso, que completa 10 ANOS neste 1º de
Outubro.
Leia atentamente este discurso do papa
Francisco na terra de seus pais, na ilha da Sardenha.
Ele tem sensibilidade para com os idosos e me vejo em
sua reflexão sobre a situação do desempregado. Papa
Francisco, tenha as forças e graças para realizar as
mudanças que urgem em seu coração e mente. Papa
Francisco, Deus o proteja sempre. Repasso a mensagem
que recebi de uma amiga bem idosa - para recordar a
galinha e a águia.
Com fraternura, Paulo
Discurso
do Papa domingo, 22 de setembro em
Cagliari, Sardenha.
E após
ouvir as pessoas, o Papa pronuncia o seu
primeiro discurso na ilha da Sardenha,
entre as ovações dos presentes. Com gesto
sério e concentrado.
“Esta
visita começa exatamente com vocês, o mundo
do trabalho”.
“Desejo
expressar-lhes, sobretudo, a minha
proximidade, especialmente diante da
situação de sofrimento de tantos jovens sem
trabalho”.
E o Papa
deixa de lado os papéis, improvisa e se
emociona:
“Meu pai,
jovem se foi para a Argentina, cheio
de esperança para fazer as Américas e
sofreu a terrível crise e perdeu tudo. Eu
ouvi na minha infância falar desta época na
minha casa, ouvi na minha casa falar desse
sofrimento, que conheço bem”.
“Peço-lhes
coragem. E que esta palavra não seja uma
palavra bonita, mas passageira. Não seja
apenas o sorriso de um empregado cordial da
Igreja, que vem e lhes diz: coragem! Não,
não quero isto”.
“Esta é a
segunda cidade que visito na Itália:
as duas são ilhas. Na primeira, vi o
sofrimento de tantas pessoas que buscam,
arriscando a vida, dignidade, pão e saúde.
São os refugiados”.
“E vi a
resposta daquela cidade que, sendo uma ilha,
não quer se isolar e recebe os refugiados,
os faz seus e dá um exemplo de acolhida”.
“Aqui,
também encontro sofrimento, que enfraquece
vocês e acaba roubando suas esperanças. Um
sofrimento, a falta de trabalho, que leva
(perdoem-me por estas duras palavras, mas é
a verdade) vocês a se sentirem sem
dignidade. Onde não há trabalho falta a
dignidade”.
“E este
não é um problema só da Sardenha,
da Itália, da Europa. É a consequência de
um sistema econômico que conduz a esta
tragédia. Um sistema econômico que coloca
no centro um ídolo, que se chama dinheiro.
E Deus quis que, no centro, no centro do
mundo, não estivesse um ídolo, mas o homem
e a mulher, que levam adiante o mundo com
o seu trabalho”.
“Neste
sistema sem ética, no centro, há um ídolo
e o mundo tornou-se idólatra do dinheiro”.
“E para
defender este ídolo ajudam o centro e
provocam a queda dos extremos mais
frágeis: os idosos... Este mundo não é
feito para eles... eutanásia escondida...
E caem também os jovens, que não encontram
trabalho”.
“Este
mundo não tem futuro, porque as pessoas
não têm dignidade sem trabalho. Este é o
seu sofrimento”.
“É uma
oração: trabalho, trabalho, trabalho.
Trabalho quer dizer levar o pão para casa,
amar, dignidade...”.
“E para
defender este sistema idolátrico
instala-se a cultura do descarte:
descartam-se os idosos e os jovens”.
“Queremos
um sistema justo. Não queremos este
sistema econômico globalizado que nos
causa tantos prejuízos. No centro, devem
estar a mulher e o homem, não o dinheiro”.
“Eu havia
escrito algumas coisas para vocês, mas, ao
vê-los pessoalmente, me vieram estas
palavras. Entregarei ao bispo o meu
discurso. Preferi dizer-lhes o que me sai
do coração ao ver vocês neste momento”.
“É fácil
dizer não percam a esperança. Não se
deixem roubar a esperança. A esperança é
como as brasas sob as cinzas. Ajudemo-nos
com a solidariedade, soprando, para que
venha a esperança...”.
“Devemos
acalentar a esperança coletivamente. A
esperança é coisa de todos”.
“Mas
sejamos astutos. O Senhor nos adverte que
os ídolos são mais astutos que nós.
Convida-nos a ter a astúcia da serpente e
a bondade da pomba. Chamemos as coisas
pelo seu nome. Lutemos para que no centro
esteja não um ídolo, mas a família
humana”.
“Gostaria
de terminar rezando com todos vocês, em
silêncio. Direi o que vai brotando do
meu coração. Em silêncio rezem comigo:
Senhor Deus, olha-nos.
Olha esta cidade e esta ilha.
Olha as nossas famílias.
Senhor, não te faltou o trabalho de carpinteiro. Foste feliz.
Senhor, falta-nos trabalho.
Os ídolos querem roubar-nos a dignidade.
O sistema injusto quer roubar-nos a esperança.
Senhor, não nos deixe sozinhos.
Ajuda-nos a nos ajudar entre nós.
Que deixemos o egoísmo e sintamos no coração a força do povo que quer seguir em frente.
Senhor Jesus, que não nos falte o trabalho; dá-nos trabalho e ensina-nos a lutar pelo trabalho.
Muito obrigado e rezem por mim”.
Senhor Deus, olha-nos.
Olha esta cidade e esta ilha.
Olha as nossas famílias.
Senhor, não te faltou o trabalho de carpinteiro. Foste feliz.
Senhor, falta-nos trabalho.
Os ídolos querem roubar-nos a dignidade.
O sistema injusto quer roubar-nos a esperança.
Senhor, não nos deixe sozinhos.
Ajuda-nos a nos ajudar entre nós.
Que deixemos o egoísmo e sintamos no coração a força do povo que quer seguir em frente.
Senhor Jesus, que não nos falte o trabalho; dá-nos trabalho e ensina-nos a lutar pelo trabalho.
Muito obrigado e rezem por mim”.
E as
pessoas, na praça, choram, após ouvir o
discurso do Papa contra o sistema
capitalista injusto. Um discurso
improvisado, que brotou do coração de pai.
Sem lugares comuns. Com denúncia clara e
contundente. E com o anúncio da esperança e
da luta comum para reconquistar a esperança.
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